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Próxima Parada: MAGIA!


Estação de Charing Cross, Londres - Inglaterra.

É claro que Londres é uma das cidades mais misteriosas do Mundo. E quem me conhece sabe o quanto sou fascinado por uma Inglaterra que ainda não vi com meus olhos, mas que leio nas histórias e que pretendo um dia conhecer. Acredito que a magia não seja algo tão mal, como algumas pessoas julgam. A magia está ligada tanto com o bem, quanto com o mal.
Pensando nisso, resolvi unir o útil ao agradável. Magia e Londres.
Claro que muitos já fizeram isso, e muitos ainda, tiveram sucesso, como J.K.R., C.S.L., entre outros.
Mas essa história não é apenas mais uma pra coleção deste lugar magnífico, nem mais uma história sobre magia. É a sua nova rota de fuga. É o seu novo caminho. Novas linhas, novas páginas, de uma maneira um pouco diferente. É um novo lugar para desaparecer, sem que ninguém mais se preocupe com isso. É onde a realidade e fantasia se unem. Fuja junto comigo para esse mundo, para essa nova história repleta de tudo que nós - leitores, imaginadores, escritores e sonhadores - estamos acostumados. Vamos juntos vivenciar, se emocionar e participar de uma das mais surpreendentes aventuras de todos os tempos já escrita.
O nosso ponto de partida é exatamente na estação Charing Cross, Plataforma 7, Expresso do Sul. Londres, Inglaterra.


- O que você está fazendo? Venha! - e puxou a mão dele, arrastando-o para um lugar onde havia pouca gente. O relógio marcava 11h07min. Olhou de um lado a outro em busca do trem e nenhum sinal dele.

- Eu só estava tentando pedir informação... – murmurou.

- Olhe só – disse ela, e apontou para um dos lados do trilho, onde havia um túnel escuro e lá o fundo uma luz em forma de bola – Esse não é nosso trem... – e apontou para o outro lado, no mesmo trilho – Aquele é o nosso!

Lúcius mal podia ver do outro lado. Era apenas uma bola de luz tremeluzente, pálida, que se projetava na mesma direção do trem verdadeiro.

- Eles vão...

- Se chocar? – completou Ana – Pensei a mesma coisa quando vi a primeira vez. Espere pra ver.

Os dois trens meio que se chocaram, um de frente para o outro, mas era como se cada um estivesse em uma dimensão diferente, pois não houve colisão, apenas uma quase imperceptível rajada de vento que Lúcius sentiu e mais nada. Era como se o outro trem nunca tivesse existido, como se nunca tivesse estado ali.

O relógio marcou onze horas e onze minutos. As portas do trem começaram a se fechar.

- Pegue suas coisas. Você primeiro! – ele ouviu a menina dizer, e, quando pegou, sentiu-a empurrando-o contra as portas fechadas do trem que já rangia preparando-se para sair.

Quando Lúcius pensou que ia se espatifar contra a porta fechada do trem, sentiu uma onda de calor, e uma das sensações mais estranhas que já havia sentido.

Quando deu por si, olhou ao redor e estavam dentro de uma estação completamente diferente da que estava há poucos segundos. Era mais quente e mais antiga, como se preservasse a essência de uma Londres esquecida, ou desconhecida.

A placa indicava: Plataforma 7.